Uma história para te ajudar a tomar consciência da sua situação financeira

Nome: Maria Inês

Profissão: jornalista

Cada um tem uma história pra contar, eu, particularmente, tenho uma que eu gosto de contar por achar que poderá, de alguma forma, ajudar as pessoas a tomarem consciência da sua situação financeira. Eu era muito desorganizada com as finanças. Recebia o salário, pagava as contas e ia gastando até acabar. Ai não sobrava nada e ainda faltava. Não fazia nenhum investimento e estava sempre pegando dinheiro com agiotas e pagando altos juros por mês. Quando conseguia quitar estas dívidas, entrava no vermelho do cheque especial e continuava pagando valores razoáveis aos bancos. Fazia crediários em várias lojas. Não conseguia equilibrar as contas e tampouco fazer um planejamento. Gastava aproximadamente 30% com moradia (aluguel), sem condições de adquirir qualquer patrimônio, como um imóvel, por exemplo.

Em meados de 1998, comecei a pensar em dar um novo rumo à minha vida, em sair do aluguel, em planejar melhor os gastos, enfim, em dar um melhor aproveitamento aos recursos de que dispunha. Foi então que tive o maior apoio da minha amiga Alessandra, que me incentivou a comprar um apartamento financiado pela Caixa e que me ajudou a simular o valor das parcelas, a forma de amortização da dívida, o tempo de pagamento e muitas outras dúvidas e inseguranças que eu tinha frente a um novo investimento.

Assim, saquei o saldo da conta do FGTS para dar a entrada no apartamento, restando uma dívida de aproximadamente 24.000,00 reais, que seriam pagos em 20 anos, com a incidência de todos os juros de praxe. Finalmente tinha saído da fase de locação. Foi muito bom, mas teria uma dívida muito longa pela frente, sujeita as intempéries da sistema econômico.

Alessandra me orientou no sentido de fazer uma planilha de gastos onde eu anotava todas as entradas e despesas, fazia previsões das contas a pagar mês a mês, inclusive das parcelas do financiamento, para não entrar mais no vermelho. Seguindo estas regras, fui deixando de pagar tantos juros e investindo algum dinheiro por mês. Depois de apenas 4 anos, com o novo resgate do FGTS e a poupança que eu vinha fazendo, consegui quitar a dívida e respirar aliviada. Foi uma grande vitória.

Continuando com esta prática, deixei definitivamente de fazer empréstimos e pagar juros, passei a aplicar parte do salário e, em 2004, vendi o apartamento e com mais algum dinheiro comprei uma chácara num condomínio, a qual tem me dado muitas alegrias, além de algumas despesas, é claro, mas agora tudo que gasto é com muito prazer, visando um maior conforto e o benefício da minha família.

Hoje, sou muito grata a Ale, que com seu conhecimento, me mostrou como práticas até bem simples de controle das finanças pessoais e um melhor planejamento dos recursos podem gerar um alto grau de satisfação, tranqüilidade e melhoria na qualidade de vida, que repercute em todas as esferas do ser humano.

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